Ao obter financiamento de R$ 300 milhões com a International Finance Corporation (IFC), vinculada ao Grupo Banco Mundial, a Corsan tornou-se a primeira empresa da América Latina a aderir à iniciativa Utilities for Climate (U4C – Serviços Públicos para o Clima). Reafirmando a ênfase da Companhia em sustentabilidade, o empréstimo é voltado para ações de redução de perdas de água e eficiência energética, em um total de investimentos da ordem de R$ 453 milhões.
Atrelado à operação, a Companhia firmou com o IFC compromisso em torno de um rigoroso Plano de Ação Socioambiental, no qual estão estabelecidas metas de adaptação às melhores práticas do mercado em termos de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês), incluindo o desenvolvimento de um sistema de gestão socioambiental, práticas relacionadas a condições de trabalho e, ainda, saúde e segurança de comunidades e outras partes interessadas.
O Plano de Ação Socioambiental tem as seguintes metas e entregáveis:
> Desenvolver e implementar um Sistema de Gerenciamento Ambiental e Social, que deve conter os seguintes elementos:
a) Política Ambiental e Social
b) Identificação de riscos e impactos
c) Capacidade organizacional, competências e responsabilidades
d) Preparação e respostas para emergências
e) Engajamento dos stakeholders
f) Monitoramento e revisão
Os indicadores devem ser medidos, auditados periodicamente e reportados à alta administração.
> Desenvolver e implementar um plano para mitigar as perturbações e impactos socioeconômicos durante a execução das obras do projeto de redução de perdas de água.
> Fortalecer sua estrutura organizacional atual no nível corporativo e nos escritórios regionais para integrar a equipe ambiental, social e de saúde e segurança ocupacional, e garantir a implementação consistente das políticas, planos e procedimentos ambientais e sociais corporativos em todas as operações da empresa.
> Desenvolver mais profundamente a matriz de identificação de riscos em termos de potenciais situações de emergência e desenvolver e implementar EPRPs (Emergency Preparedness and Response Package), que serão adaptados para cada instalação ou atividade a ser realizada.
Funcionários e contratados serão treinados em resposta a emergências e exercícios serão realizados. A empresa fornecerá informações adequadas às comunidades potencialmente afetadas e às agências governamentais relevantes.
> Desenvolver e implementar um sistema de gestão de SSO consistente com os requisitos de PS da IFC e alinhado com GIIP, incluindo as diretrizes relevantes incluídas nas Diretrizes Gerais de EHS do WBG e Diretrizes de EHS para Água e Saneamento.
A Corsan revisará, atualizará e fortalecerá a implementação de políticas, planos e procedimentos corporativos para garantir um desempenho consistente de SSO em todas as regiões de operações. A empresa irá revisar e atualizar a alocação de recursos, incluindo pessoal, ferramentas e equipamentos, e estrutura organizacional para apoiar o sistema de gestão de SSO. Os procedimentos incluirão medidas para mitigar e monitorar a exposição ocupacional a produtos químicos nas ETAs.
> Estabelecer políticas e procedimentos para gerenciar e monitorar SSO e o desempenho dos contratados em relação aos requisitos do Performance Standard 2. Além disso, a empresa incorporará esses requisitos nos acordos contratuais com seus contratados.
> Desenvolver e implementar planos de preparação e resposta a emergências para os locais do projeto. Os planos incluirão cenários de emergência no local e fora do local, incluindo avaliações de risco quantitativas apropriadas em termos de liberação de materiais perigosos.
Dependendo das condições específicas do local e do potencial de emergências para afetar as partes interessadas próximas, os planos de emergência e preparação terão procedimentos para treinamento de conscientização, incluindo exercícios e coordenação com autoridades de emergência do governo distrital/local.
> Desenvolver um Plano de Gestão de Segurança, incluindo disposições para fornecedores de serviços de segurança em termos de seleção de pessoal de segurança, regras de engajamento, conduta apropriada em relação aos trabalhadores e comunidades, treinamento, equipamentos, instalações, condições de trabalho e mecanismo de reclamação.
A Corsan está atualizando seu mecanismo de reclamação para as comunidades afetadas, o que permitirá a expressão de preocupações sobre os arranjos de segurança e ações do pessoal de segurança.